segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Triste Sado


Azia, angústia, frustração, tristeza, raiva ou desalento. Todas estas palavras são bem representativas dos sentimentos que os Sportinguistas viveram na passada sexta-feira, após o empate frente ao Vitória de Setúbal. De imediato os Sportinguistas abriram o seu coração e expressaram todos estes sentimentos nas redes sociais. Algo absolutamente normal. Publicamente não escrevi nada sobre o assunto, mas em privado com outros Sportinguistas disse coisas sem qualquer ponta de racionalidade sobre o assunto. É assim o futebol. Compreender que reacções a quente raramente são justas, também deve ser algo que os Sportinguistas têm de perceber, assim como os jogadores, treinadores e presidentes. Por isso decidi arrefecer um pouco até escrever algo sobre o jogo. E sim, foram mesmo precisas 60 horas para a azia acalmar. 

O jogo


O Sporting fez uma exibição que em circunstâncias normais chegava para vencer o jogo sem problemas. A equipa criou várias oportunidades de golo frente a um Vitória de Setúbal absolutamente inofensivo. O Sporting apresentou-se em Setúbal na liderança do campeonato e com um registo muito bom na época, estando a lutar em todas as frentes. O problema é que a equipa achou que o jogo seria resolvido com maior ou menor dificuldade. Nunca na vida o Setúbal empataria frente ao todo poderoso Sporting, pensaram os nossos rapazes. Infelizmente, enganaram-se redondamente. Um exemplo claro desta atitude ficou visível nos momentos de finalização, onde os jogadores se apresentaram completamente tranquilos depois de falharem um clara oportunidade de golo. Um relaxamento total quando o jogo estava longe de estar fechado. Se alguém tem dúvidas, basta comparar a expressão que os jogadores fizeram quando falharam oportunidades de golo na Champions com o que vimos em Setúbal. 

Da soberba ao derrotismo


A soberba que invadiu a equipa deve ser expurgada definitivamente do Sporting CP. Quem não perceber que todos os jogos são para serem jogados no limite do 1º ao último minuto não pode fazer parte da família Sportinguista. Mais do que qualquer outra questão técnica - que acho irrelevante no jogo de Setúbal - é na vertente mental que me parece que Jorge Jesus acaba por ter alguma culpa neste empate. Percebermos que foi por completo demérito da nossa equipa que perdemos 2 importantes pontos é o que nos queima mais a alma. É inadmissível e não pode ser repetido.

Mas esta também é a equipa que entrou em Setúbal na liderança da Liga, a equipa que fez uma excelente Champions League contra dois colossos como a Juventus e o Barcelona. Esta é também a equipa que se qualificou para as meias-finais da Taça da Liga e da Taça de Portugal e que estará a lutar pelo sonho na Liga Europa. 

Esta equipa tem crédito pelo que tem feito durante a época, e não é por um desaire inesperado que os Sportinguistas devem retirar a sua confiança e cair numa espiral de derrotismo. Relembro que ainda estamos a meio da época e há muito para disputar.

União de Aço 


A união de aço preconizada pelo Sporting só funciona se todas as partes cumprirem os pressupostos definidos. A equipa tem de ter responsabilidade, atitude e compromisso com o clube. Estas tem de ser as pedras basilares do Sporting. Todos sabemos que no futebol a diferença entre o sucesso e o insucesso pode ser muito ténue. Agora, estes três pilares têm de estar representados a cada exibição. Isto é inegociável.

Do outro lado desta união que se quer de aço, os adeptos têm de continuar com exigência máxima e apoio total a esta equipa nos momentos bons e sobretudo nos maus. Com todos estes factores bem vincados durante a época temos tudo para sermos felizes. 

Da parte da equipa gostei de ver o presidente, treinador e jogadores a assumirem as responsabilidades, mas isso por si só não chega. É dentro do campo que quero ver responsabilidade na representação dos nossos valores. Neste sentido, a mensagem de Fábio Coentrão e em particular a atitude de empenho total que demonstrou em Setúbal são bons indicadores.


Para que não restem dúvidas, quero muito ganhar a Taça da Liga. Apesar de saber que é a competição menos importante do calendário, não há qualquer desvalorização da minha parte em relação a esta competição. Enquanto adepto vou cumprir com a minha parte do acordo nesta união de aço, e lá estarei em Braga a apoiar o Sporting. Cabe agora à equipa fazer a sua parte. Todo o respeito pela equipa do Porto que também está a fazer uma excelente época, mas meus senhores, não há desculpas, é para ganhar. 

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3 comentários:

  1. O rapazola começou a fumar outra vez...

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  2. Talvez pela minha experiência de vida, e vivida no desporto, não reagi como alguns oportunistas que se dizem adeptos do Clube, no entanto, não deixei de ter os sentimentos referidos mas... continuo a acreditar sempre e como sempre!

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  3. Uma equipa que deixa- se empatar 2 vezes no espaço de 15 dias , da mesma maneira !!! Quem explica ao Cérebro que para bloquear uma ao cerebro equipa que joga , futebol directo nos ultimos minutos , em desespero , não se mete mais um trinco , mas sim mais 1 Central !! Quem consegue enviar este guião ao cérebro ?

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